31 de janeiro de 2010

Ajudando a escolher a melhor câmera

   Como eu já disse antes, não existe "a melhor câmera" e sim aquela que se adequa melhor às suas necessidades, algumas marcas priorizam alguns itens que não são tão bons em outras marcas e por causa disso, se você acha que fotografia é uma arte, escolher a sua câmera também é uma arte. Êta coisinha difícil...

   Esse tema já foi abordado antes mas vou tentar me aprofundar mais e fazer um breve resumo do que já foi dito aqui:
   Procure por marcas tradicionais, aquelas que sempre tiveram seus nomes associados a fotografia, são fabricantes de lentes e por isso a qualidade delas é mais do que garantida, como por exemplo: Nikon, Canon, Leica e Olympus. Como no Brasil não se vê câmeras Leica sendo vendidas, esta atende pelo nome de Panasonic por aqui mas atente ao fato de que nem todas as Panasonic usam lentes Leica.

 
FH20: A Casio também está no mercado da fotografia e já fabricou uma excelente câmera

   Feito isso, é preciso saber se você procura por câmeras automáticas em que você aponta e dispara sem necessidade de maiores ajustes, ou por câmeras mais avançadas com controles manuais em que você decide a abertura, tempo de exposição e outras coisinhas antes de dar o seu clique. Há uma infinidade de boas câmeras automáticas por aí e infelizmente é cada vez menor o número de bons modelos com controles manuais entre as compactas.

   Tamanho do sensor

   Junto a lente, o sensor é o que tem de mais importante na hora de escolher uma câmera principalmente se for uma com controles manuais. Nas compactas nem se comparam aos sensores das DSLR que são muito maiores, daí vem a melhor qualidade. Quanto maior o sensor, melhor sua câmera será e vou mostrar aqui o tamanho dos sensores de algumas câmeras aqui:

Canon
G10, G11, SD990 e S90: 1/1.7 " (7.60 x 5.70 mm, 0.43 cm²)
SX1, SX10, SX20, SX110, SX200, A480, A1100, A2100, SD880, SD780, SD1200, SD940 e SD980: 1/2.3 " (6.16 x 4.62 mm, 0.28 cm²)
SX120 e SD1100: 1/2.5 " (5.75 x 4.31 mm, 0.24 cm²)

Casio 
FH20, FH100, FS10, H10, G1, Z90 e Z33: 1/2.3 " (6.16 x 4.62 mm, 0.28 cm²)
Z29: 1/2.5 " (5.75 x 4.31 mm, 0.24 cm²) 

Fuji
F200EXR e S200EXR: 1/1.6 " (7.78 x 5.83 mm, 0.45 cm²)
F70EXR: 1/2 " (6.40 x 4.80 mm, 0.3 cm²)
A150, S1500, S2000HD, Z30, Z33, Z300 e J30: 1/2.3 "(6.16 x 4.62 mm, 0.28 cm²) 

Kodak 
Z1485: 1/1.72 " (7.40 x 5.55 mm, 0.41 cm²)
Z980, M341, M381 e Z950: 1/2.33 " (6.13 x 4.60 mm, 0.28 cm²)
M340, M380 e Z915: 1/2.3 "(6.16 x 4.62 mm, 0.28 cm²)
C140 e M320: 1/2.5 " (5.75 x 4.31 mm, 0.24 cm²)

Nikon 
S230, S70 e S570: 1/2.3 "(6.16 x 4.62 mm, 0.28 cm²)
L100, L20, P90, S620, S220, S630 e S640 : 1/2.33 " (6.13 x 4.60 mm, 0.28 cm²)
L19:  1/2.5 " (5.75 x 4.31 mm, 0.24 cm²)

Olympus 
Stylus Tough 6000, FE5020, FE5030 e FE4000: 1/2.3 " (6.16 x 4.62 mm, 0.28 cm²)
SP560, 550WP, FE5000, FE5100, Stylus 7000 e Stylus Tough 8000: 1/2.33 " (6.13 x 4.60 mm, 0.28 cm²)

Panasonic 
LX3: 1/1.6 " (7.78 x 5.83 mm, 0.45 cm²)
FX150: 1/1.72 " (7.40 x 5.55 mm, 0.41 cm²)
FZ28, FZ35, ZS3, ZR1, TS1 e FS12: 1/2.33 " (6.13 x 4.60 mm, 0.28 cm²)
FS6, FS7, FS62, FS42 e ZS1: 1/2.5 " (5.75 x 4.31 mm, 0.24 cm²)

Samsung
WB500, WB550, WB1000, WB5000, ES55, ES15, SL202, ST500 e ST550:  1/2.33 " (6.13 x 4.60 mm, 0.28 cm²)
PL10 e ST10 :  1/2.5 " (5.75 x 4.31 mm, 0.24 cm²)

Sony 
S930, W220, W230, W290, T90, T900 e H20: 1/2.3 " (6.16 x 4.62 mm, 0.28 cm²)
HX1, TX1 e WX1: 1/2.4 " (o site da Sony não informa as medidas)


 
Pequena gigante: A Panasonic LX3 tem o maior sensor das compactas ainda vendidas no Brasil

   Distância focal

      Entenda os números que estão na lente da sua câmera, vou dar um exemplo da minha Canon A700:

 

   5.8-34.8mm é a distância focal que é a distância entre o centro óptico e o seu sensor medida em milímetros porém o fabricante informa que a distância focal é de 35-210mm, vamos entender o porque disso.
   Se dividirmos 34.8 por 5.8 ou 210 por 35, o total vai dar 6 que é o zoom óptico que a minha câmera possui, ou seja, 35 é a distância mínima entre o sensor e o centro óptico e 210 é a distância mínima. Essa conversão de 5.8-34.8 para 35-210 é conseguida através da equivalência a 35mm pois essa é a distância focal das antigas câmeras de filme. Apenas a título de curiosidade, não é necessário fazer esses cálculos pois  os sites de reviews de fotografia já trazem tudo prontinho para a gente, é preciso dividir a largura do filme (35) pela largura do sensor da câmera (5.75) e depois multiplicar pela distância focal (5.8).

35/5.75 = aproximadamente 6.08 x 5.8 = 35,264, aproximadamente os 35 da distância focal informada pelo fabricante.

   Uma outra câmera que tenho, a SX1 possui distância focal de 5.0-100.0, fazendo o cálculo de equivalência a 35mm teremos: 35/6.16 = aproximadamente 5,68 x5 = 28,4, aproximadamente os 28 que o fabricante informa e já que o zoom dela é de 20x, a distância focal fica em 28-560.

   Cálculos complicados e desnecessários, apenas para satisfazer uma curiosidade minha e dos colegas que acessarem o blog. Não façam em casa rsrsrs...

   No próximo post falo um pouquinho sobre os outros números que vem na lente, a abertura e mais dicas para escolher a sua câmera.



30 de janeiro de 2010

Inovações tecnológicas 2

   Hoje é dia de dedicar uma postagem a Fuji, conhecidíssima pelos seus filmes fotográficos na época da fotografia analógica e perdeu muito terreno com a chegada das digitais, vem fazendo um grande esforço tentando recuperar parte desse mercado. Grande parte das novidades que aparecem no mercado é a Fuji que lança e se tivesse um grande fabricante de lentes por trás dela seria um concorrente a altura de Nikon e Canon mas em alguns casos já o é.

   Algumas câmeras superzoom da Fuji ainda trazem controle de zoom e alguns controles manuais girando o anel da própria lente, eliminando assim alguns botões no painel traseiro e dando um ar de profissional à câmera como, por exemplo, da S9100 e da mais recente S200EXR. Além disso a Fuji também vem usando um sistema diferente de estabilização de imagens que ao que parece já vem sendo copiado por outras marcas.

   Mas a grande inovação do momento é a câmera 3D da Fuji, ela possui duas lentes e dois sensores de 10 megapixels e a promessa é de que a câmera faça imagens que literalmente "saltem" aos olhos. Sinceramente, não sei no que isso vai dar mas se a promessa for cumprida e o preço ajudar, é bem provável que a Fuji dê um grande salto no mercado e se consolide ainda mais no mundo da fotografia.

Fuji Real 3D W1: Parece estranha olhando assim, será que faz o que promete?

   Ao que parece, a imagem em 3D poderá ser vista no seu próprio LCD traseiro sem a necessidade de óculos especiais e também em um porta retratos digital especial para 3D que a fuji também está lançando. Também já foram feitas demonstrações de fotos impressas em papel 3D, confesso que tô curioso pra saber como é isso, eu nunca vi.

   Finalizando, a Fuji tem um bom mercado de superzoom com preços acessíveis pois elas costumam custar 1000 reais nas grandes lojas varejistas, onde as principais concorrentes de outras marcas chegam a custar até absurdos 3000 reais; suas compactas automáticas também vem aparecendo com preços competitivos tentando roubar a fatia de mercado que é dominada por Samsung, Sony e Kodak e se apresentar algum diferencial também nessas câmeras passaria a ser a melhor opção de baixo custo já que as grandes lojas cobram horrores pelos modelos mais simples de Canon, Nikon e Panasonic.

28 de janeiro de 2010

Inovações tecnológicas

   Em qualquer segmento, assim como na fotografia, existem algumas marcas que se sobressaem a outras. Pra quem leu minhas postagens anteriores já percebeu que sou "canonzeiro" mas com uma leve tendência para a Panasonic e ainda admiro a Nikon também. Mas não podemos nos esquecer da Sony que tá sempre na boca (e na mão) do povo e da Olympus, tradicionalíssima e de muita qualidade mas que perde um pouquinho de mercado pelo cartão de memória não tão popular.

   Enquanto isso, temos sempre outras marcas tentando se estabelecer nesse mercado, que hoje em dia é hiper competititvo, da fotografia e não podemos ignorá-las. Hoje vou citar duas aqui que para compensar uma certa desconfiança sempre trazem novidades (algumas delas muito boas) para tentar roubarem uma fatia desse mercado: A Samsung e a Fuji.

 
LCD frontal: Principal trunfo da Samsung para atrair o público jovem

   Nesse post vou falar dos modelos da Samsung que eu quero mostrar, são as ST500 e ST550 que salvo pequenas diferenças são praticamente a mesma câmera. A maior diferença está no tamanho do visor LCD que na primeira é de 3 polegadas e a segunda tem enormes 3,5" e de altíssima resolução, quase como se estivesse vendo no monitor do seu computador!!!
   Só aí já citei dois diferenciais dessa câmera em relação as outras mas o principal está por vir agora: Tanto a ST500 quanto a ST550 possuem um LCD frontal de 1,5" muito útil para os auto-retratos. Querem mais? O LCD traseiro possui tecnologia touch screen, eliminam-se todos aqueles botões traseiros, pra quem gosta de novidade é um prato cheio. Além de tudo ainda possuem macro de 3cm, ótimo pra quem aprecia aqueles closes em insetos, flores e etc, esqueci de alguma coisa? Ah tá, elas fazem vídeos em alta definição também...

   Como eu gosto de colocar minhoca na cabeça de vocês, lógico que nada é perfeito, tudo tem seus prós e contras, então lá vai: O flash só tem alcance máximo de 3,4 metros, o que é pouco se compararmos com o que vem sendo oferecido por aí; cada carga da sua bateria de lítio só faz em média 180 fotos com a ST550 e 200 fotos com a ST500, o que vemos na concorrência é de 250 pra cima.



 LCD traseiro: Enorme e sensível a toque

   No geral são duas câmeras bem acima da média, possuem resolução de 12.2 megapixels, zoom óptico de 4,6x, tamanho e peso reduzidos que a fazem ótimas opções de bolso, não possuem visor óptico que faz falta em algumas vezes, possuem estabilização óptica e digital, além de conceituadas lentes Schneider Kreuznach; porém a brincadeira está saindo um pouco cara ainda, estes modelos estão custando entre 700 e 1200 reais, é preciso esperar um pouco pois o preço sempre abaixa muito após 5 ou 6 meses de mercado.

    E então, prontos para darem uma chance a Samsung?

27 de janeiro de 2010

Pilhas recarregáveis

   Pra quem usa câmeras movidas à pilha existem inúmeras opções, atualmente estou usando Philips de 2300mAh com resultados bastante satisfatórios mas...o que vem a ser mAh? Resumindo, é a capacidade da pilha por horas de uso lembrando que capacidades absurdas acima de 2700mAh geralmente são pilhas piratas, portanto, nada de comprar aquela que tem 4000mAh e cuidado com as Sony prata e laranja, estas são vendidas em blisters de apenas 2 unidades, se vierem com 4 são falsas.

   Também é preciso saber que pilhas recarregáveis geram uma tensão de 1,2 volts contra 1,5 volts das pilhas comuns e alcalinas, o que quer dizer que elas vão gerar menos energia e podem não funcionar tão perfeitamente em outros aparelhos além das câmeras, como rádios de pilha.

   Outros cuidados que devem ser tomados: As pilhas recarregáveis que comumente encontramos à venda são as NiMH (Níquel Metal Hidreto) e elas requerem carga e descarga completas senão a vida útil delas será bem reduzida; evite choques mecânicos, como quedas, eles também reduzem a vida útil das pilhas; vocês já devem tem reparado que elas tem pequenos "buraquinhos" no pólo positivo delas, são uma espécie de dispositivo de ventilação caso haja alguma falha durante a carga ou mau funcionamento do produto que estiver em uso com elas.

   Um adendo para algumas câmeras da Nikon como a L100 que só aceitam pilhas de íons de lítio dificilmente encontradas à venda no Brasil mas agora com atualização de firmware passam a aceitar as NiMH.

25 de janeiro de 2010

Dica boa pra conhecer mais sobre câmeras

   Acessem o site www.cameraversuscamera.com.br pois lá tem muitas análises de vários modelos de câmeras compactas, é bom pra ir se familiarizando com certos termos que sempre vão acompanhar a gente como macro, abertura, obturador, etc...

    Aproveitem pois está todo em português e aos poucos o site vai soltando análises das câmeras mais atuais, algumas são bem detalhadas. Boa sorte.

24 de janeiro de 2010

Compactas avançadas

   Muitas pessoas hoje em dia na busca pela câmera perfeita estão comprando DSLR sem saber manuseá-las e algumas desistem em pouco tempo, tentam vender porque simplesmente acham que vão conseguir fotos realmente boas, mostrando aqueles detalhes quase imperceptíveis e as cores mais reais apenas tendo uma câmera "supostamente" melhor e esperando que ela faça tudo sozinho, não é bem assim, você tem que saber como fazer pra conseguir alcançar esses resultados. Quem faz a foto é o fotógrafo!

   Atualmente existe uma "patrulha" em torno das DSLR que eu não concordo, acho que tudo na vida tem etapas e você não pode começar pela última. Não acho certo uma pessoa começar a tirar fotos, comprar a primeira câmera e ser logo uma DSLR (que eu prefiro chamar de reflex mas não é o termo mais usado). Muita gente que entende do assunto, entende mesmo, mais do que eu, incentiva as pessoas a comprar DSLR dizendo que só com elas você consegue boas fotos e quem tem um orçamento disponível acaba comprando essa ideia, alguns conseguem se dar bem mas outros nem tanto pois é preciso saber manusear uma DSLR, num primeiro momento não é fácil e se for pra comprar uma dessas e ficar usando só no automático como uma câmera comum, então é melhor comprar uma câmera comum, não acham?
Difícil conseguir esse tom de verde tão real mas não foi preciso uma DSLR.

   Com uma câmera DSLR é necessário uma lente diferente pra cada tipo de foto, se não tiver a intenção de se profissionalizar na fotografia, tiver apenas um hobby então é melhor comprar uma compacta avançada que te permite controlar manualmente o tempo de exposição, a abertura e o que mais for preciso para conseguir extrair o máximo que sua câmera pode permitir pois o modo automático na maioria das vezes não te dá uma exata imagem do que você está vendo.

   As compactas avançadas do tipo superzoom são as câmeras mais versáteis que existem pois geralmente tem lentes com uma boa abertura que nos permitem tanto focos macro como focalizar objetos distantes, paisagens, tudo com qualidade muito boa. Já houve uma época em que a variedade de câmeras desse tipo era maior, hoje em dia ficamos mais restritos aqui no Brasil a dois ou três modelos de cada fabricante, é o que basta mas hoje esses modelos são mais caros do que há alguns anos. Minha primeira compacta com controles manuais, uma Canon A590 comprei por 400 reais, hoje só com muita sorte se consegue uma câmera daquele nível a esse preço.
Canon A590: Excelente câmera a baixo custo

   Hoje tenho uma SX1 e uma A700 ambas da Canon, todas com controles manuais e depois que você aprende a usá-los não quer mais saber do automático pois a diferença é muito grande, a não ser em ocasiões de festas informais em que as pessoas não vão ficar esperando a gente configurar a câmera já que cada clique tem sua característica diferente, uma luz diferente que pede uma configuração diferente a cada momento. Vou postar duas fotos feitas do mesmo local uma após a outra, com diferença de poucos segundos, uma no automático e outra no manual. Fiz assim de propósito e várias vezes ainda faço assim pra perceber a diferença entre uma e outra. Às vezes a diferença é gritante, em outras nem tanto.


 
Qual das duas foi feita no automático?

   Dá pra perceber a nítida diferença entre o tom de cores de uma foto e outra e é por causa do uso dos controles manuais, eles sempre dão uma imagem mais real do que a gente vê; mas a maioria das compactas que não possuem o modo manual, tem os modos de cena com um modo apropriado pra cada tipo de foto em que a câmera se configura automaticamente "adaptando" sua lente para determinadas situações.

   As superzoom podem variar entre 8x e até 26x de zoom, alguns chamam de ultrazoom as câmeras com 15x de zoom ou mais. Vou citar algumas destas câmeras aqui:

Canon: SX110, SX120, SX10, SX20 e SX1
Fuji: S1500, S2000 e S200EXR
Kodak: Z915, Z1015 e Z980
Nikon: P80 e P90
Olympus: SP565 e SP570
Panasonic: FZ28 e FZ35
Samsung: WB500 e WB5000
Sony: H20, H50 e HX1

   Itens que também devem ser levados em consideração na hora de comprar qualquer câmera: O tipo de cartão de memória usado, a grande maioria usa o SD, mais barato e fácil de encontrar, a Sony usa o Memory Stick e a Olympus usa o XD, porém nos seus últimos modelos ela tem trazido um adaptador para MicroSD,  também fácil e barato de encontrar.

   A maioria das dúvidas sobre qual câmera comprar são solucionadas com essas últimas postagens mas com o tempo sempre surgem outras dúvidas e vou postando aqui também.

Qual câmera escolher?





   Essa é a parte que eu mais gosto, reparei que tô num vício de comprar câmera. Desde 2007 compro uma por ano e a de 2010 já comprei, preciso de um freio nisso. Tudo que eu vou falar aqui é baseado em opinião própria pois até bem pouco tempo revendia câmeras e sempre as testava então fui conhecendo a forma de trabalhar das principais marcas mas a preferência pela Canon veio bem antes disso.

   Existem vários itens que devem ser levados em conta na hora de comprar uma câmera além, é lógico, da marca. É preciso prestar atenção ao fabricante da lente, o quanto de resolução você precisa, quanto de zoom, se você quer usar muito macro, se vai precisar do visor óptico (que às vezes faz falta), se precisa de uma compacta simples, uma mais avançada com controles manuais ou uma DSLR (Digital Single Lens Reflex), aquelas em que você pode trocar a lente e vai usar uma pra cada tipo de foto. Como o tipo de público que quero atingir não é o das DSLR vou focar apenas nas compactas.


Sony A350: Exemplo de câmera DSLR

   Antes de prosseguir, aqui vai uma observação muito importante sobre as compactas avançadas, com controles manuais e superzoom: As câmeras que se encaixam nessa categoria como Panasonic FZ28 e FZ35, Canon SX1 e SX10, Fuji S1500 e S2000, Sony H50 e HX1 não são semiprofissionais! São chamadas também de prosumer e um adendo para a Nikon L100, apesar do seu formato robusto se assemelhando a uma prosumer não pode ser considerada como tal pois ela é totalmente automática, não possui controles manuais mas se torna uma ótima pra quem quer cliques fáceis e bastante zoom, eu a indicaria pra viagens.




Nikon L100: Parece prosumer mas...cadê os controles manuais?

   As marcas mais populares aqui no Brasil são as Samsung, Sony e Kodak pois são as que tem mais mídia em cima e propaganda é a alma do negócio. São marcas confiáveis e com preço acessível mas não são fabricantes tradicionais de câmeras e, conseqüentemente, de lentes. A lente é o primeiro item a ser verificado se você quer fotos de qualidade mesmo que a câmera seja compacta e totalmente automática e os grandes fabricantes de lentes são Canon, Nikon, Olympus e Leica. Algumas das melhores câmeras da Kodak e Samsung são equipadas com ótimas lentes Schneider Kreuznach e a Sony com também ótimas Carl Zeiss, as mais simples dessas marcas tem lentes de fabricação própria.

   Aqui vai mais um pouquinho de opinião pessoal: A Leica está um degrau acima de todas as outras, é a melhor lente que já vi, as melhores câmeras da Panasonic usam esta lente e dá pra perceber uma maior fidelidade de cores mesmo nas compactas mais simples. Logo abaixo dela vem Canon, Nikkor (Nikon) e Zuiko (Olympus). É tudo opinião mesmo.


 
   Panasonic FS62: Simples mas com a melhor lente do mercado


   Após a escolha da marca se quiser uma câmera simples, uma compacta automática é hora de escolher o modelo e ser feliz, a gama de variedades é enorme:

Canon: Séries A e SD.
Fuji: Séries A, Z e J.
Kodak: Séries C e M.
Nikon: Séries L e S.
Olympus: Séries X, FE e Stylus.
Panasonic: Séries FS, ZS e TS.
Samsung: Séries ST, PL e ES.
Sony: Séries S, T e W.

Olympus FE5000: Exemplo de compacta automática

   O que difere uma série de outra da mesma marca geralmente é o tipo de material usado, as mais caras são feitas com metal reforçado e as mais baratas em plástico bem resistente; se é alimentada por pilha ou bateria; e quantidade de zoom. Muitas dessas são superzoom com 10x ou 12x e muitas são recomendadas para macrofotografia com 1, 2 ou 3cm que são bem adequadas.
   Sobre usar pilha ou bateria, não dá pra dizer que uma é melhor que a outra, vai do gosto pessoal de cada um, use a que for mais conveniente a você.

   Hoje em dia já existem câmeras a prova d'água a preço bem acessível das marcas Fuji e Olympus, custam entre 400 e 800 reais e podem ser usadas geralmente a 3 metros de profundidade e quase sempre são também resistentes a choque, geralmente vem acrescidas das letras WP em seu nome como Olympus u550WP e Fuji Z33WP. Ótima opção pra quem tem criança e não quer deixar de registrar os momentos mais divertidos até debaixo d'água!
 
Fuji Z33WP: Opção boa e barata de câmera a prova d'água.

   Na próxima postagem vou tentar falar das câmeras prosumer, as mais versáteis do mercado. Com elas dá pra se fazer quase tudo, fotos de todo o tipo e até vídeos em Full HD.

23 de janeiro de 2010

Macrofotografia

   Sabe aquelas fotos de insetos, flores, ou qualquer objeto minúsculo bem pertinho da lente? Isso é macrofotografia, é uma das coisas que mais gosto de fazer com a câmera e não é nada difícil, só precisa ter um equipamento que te permita isso e pra sorte dos amantes da macrofotografia tem câmeras compactas bem baratas que fazem isso.

   Quando uma câmera informa que possui macro de 5cm quer dizer que você pode deixar o objeto a ser fotografado a 5cm de distância da sua lente mas existem câmeras com 10, 15cm e até com 0cm. O problema é que essa distância curta entre objeto e lente deve ser aliada a uma abertura bem grande e ISO bem baixo e para o macro de 0cm ficar bem nítido, em que você pode até encostar o objeto na lente, é preciso uma abertura bem alta que dificilmente será encontrada numa câmera compacta, então o ideal é fazer o macro a 1cm que já fica muito legal.

   Alguns exemplos de câmeras que fazem macro de 1cm (levando em consideração câmeras lançadas a partir de 2008):

   Canon: G10, G11, SX120, A2100, A480, A470, A2000, SX110 e as novas A490 e A495
   Fuji: S100, S8100 e S2000HD
   Nikon: L100 e P90
   Olympus: SP570, SP565, SP590, Stylus 9000, FE5020, FE5030 e a nova Stylus 9010
   Panasonic: FZ28, FZ35 e LX3
   Samsung: i8, PL10, NV4 e a nova TL240
   Sony: T300, H50, T77, T500, T700, T90, T900, HX1, TX1 e a nova TX7

   As Canon SX1, SX10 e SX20 fazem macro de 0cm, ou seja, pode encostar o objeto a ser fotografado na lente mas é um pouco mais difícil de conseguir um bom resultado, vou mostrar dois exemplos aqui:
    Reparem que a parte mais próxima da lente está um pouquinho desfocada, se minha lente tivesse um pouquinho mais de abertura eu teria conseguido que ela ficasse perfeita.
Nessa aqui aconteceu a mesma coisa e dá pra perceber melhor essa falha mas ainda assim as fotos continuam belas. Eu prefiro deixar o objeto um pouquinho afastado, respeitando 1cm de distância pra ficar bem legal a foto.

   Espero que tudo que eu escrevi até aqui tenha sido de fácil entendimento pois o público-alvo deste blog são as pessoas que estão começando a se aventurar nesse mundo da fotografia mas sem a intenção de se profissionalizar, apenas querendo dar um toque especial às suas fotos, um hobby um pouco mais sério. Até a próxima.

22 de janeiro de 2010

Maior resolução = Maior qualidade...será?



    A maioria das pessoas quando vê um anúncio de jornal com duas câmeras diferentes sendo vendidas ao mesmo preço pensa assim: Ah, mas essa aqui tem 12 megapixels, a outra só tem 8 e tá o mesmo preço, quem vai ser idiota de comprar a outra? Certo? Errado! Hoje a guerra dos megapixels enche os bolsos das fabricantes mais populares e prejudica o usuário que deseja ter uma qualidade melhor nas suas fotos.
   Existe um componente que se não é o principal, é um dos mais importantes: O sensor. É ele quem literalmente faz as fotos, é o cérebro da câmera enquanto a lente seriam os olhos. É uma estrutura minúscula que capta a luz e a transforma em imagem e a resolução precisa acompanhar o tamanho do sensor, se isso não acontecer acarreta em uma perda de qualidade que eu vou tentar exemplificar agora.
O "famoso" sensor



   A Canon lançou a câmera SX110 em 2008 com uma resolução de 9 megapixels e um ano depois lançou sua sucessora SX120 com 10 megapixels, logo de primeira você acharia que a SX120 é a melhor mas para essa maior resolução se transformar em mais qualidade, o sensor dela também deveria ser maior que o da SX110 mas não é o que acontece, as duas usam o mesmo sensor de 0,24cm² (eu falei que era minúsculo) e ele não suporta os 10 megapixels da SX120 com a mesma qualidade dos 9 mp da sua antecessora SX110. Um pouco confuso ainda? Não faz mal, hoje em dia a guerra dos megapixels está se tornando tão absurda que me arrisco a dizer por conta própria: Em se tratando de câmeras compactas, quanto menos megapixels a câmera tiver, melhor será a câmera.

Canon SX110: Exemplo de câmera com ótima resolução sem perda de qualidade


   A relação entre tamanho do sensor e resolução é chamada de densidade de megapixels e é um item muito importante a ser levado em conta na hora de comprar uma câmera porém, não é uma informação que os fabricantes divulgam na hora da propaganda, aliás, resolução é talvez o último item a ser avaliado na hora de escolher seu equipamento. Importante ressaltar que não existe uma margem segura de densidade de megapixels mas eu considero que até 35MP/cm² esteja de bom tamanho, pra facilitar, hoje em dia câmeras de até 9 megapixels tem grande possibilidade de estar dentro dessa margem, algumas de 10 mp das grandes fabricantes provavelmente estão (Como Canon, Nikon, Sony, Olympus) e acima de 10 mp muito dificilmente terão uma resolução compatível com o sensor. Esse assunto parece um pouco confuso mas sempre que for preciso retornarei a ele pra esclarecer melhor isso.

Pra que serve o ISO?

   ISO é uma espécie de escala de sensibilidade à luz, geralmente tem uma relação com o tempo de exposição e a abertura que foram citados anteriormente mas é bem mais simples de se usar. Na minha opinião, quanto menos usar, melhor e só uso ISO mais alto geralmente à noite. Durante o dia não passo de 200, geralmente fico em 100 e se estiver sob sol muito forte, uso a menor escala possível: 80, 50, 10, o que estiver disponível dependendo da câmera.
Imagem retirada do site finealbums.com.br
   À noite ainda dá pra usar em 200 tendo que compensar uma possível baixa luminosidade com um tempo de exposição mais elevado, 1/60 por exemplo mas pode-se usar ISO 400 sem problemas. O que acontece daí por diante é que o ISO aliado ao uso do flash nos dá uma coloração um pouco artificial então, evito ao máximo usar ISO 800 ou maior mas fica a critério de cada um.

   Resumindo: Durante o dia, ISO mais baixo, conforme for anoitecendo, ISOs mais altos até onde não alterar muito as cores e causarem um incômodo ruído, que são aquelas granulações com cores diferentes das reais que se vêem nas fotos e que reduzem bastante a qualidade da imagem.

   Quero aproveitar esse post pequenininho pra agradecer a minha amiga Noemi pois ela é a idealizadora desse blog, sem ela não teria nada disso aqui. Muuuuuuuuuito obrigado mesmo!!!!

21 de janeiro de 2010

Controles manuais

   Uma boa máquina é aquela que te dá o controle sobre ela e não o contrário, e as câmeras que nos permitem isso são as que tem os controles manuais (que você vai ler muito por aqui) e vou tentar dar uma breve apresentação deles com uma linguagem bem fácil tentando evitar ao máximo termos técnicos.

   Abertura do diafragma

   Diafragma = Dispositivo que regula a abertura da lente, quanto mais luz ele permite passar, mais clara fica a foto.
    
   Controlar a abertura é definir o quanto de luz vai entrar na máquina e fazer a foto ficar subexposta (pouca luz) ou superexposta (muita luz). A abertura também influencia a profundidade de campo, sabe aquelas fotos com o fundo desfocado? Com muita abertura, o que estiver mais próximo a lente vai ficar em destaque e com menos abertura você consegue deixar mais nítido o fundo da imagem.




Exemplo de foto subexposta


Exemplo de foto superexposta

   Nós temos a abertura simbolizada pela letra F seguida de um número e quanto maior o número, menor é a abertura. Ex: f/8.0 deixa as fotos subexpostas (pouca abertura) enquanto f/2.8 as deixa superexpostas (muita abertura).
   Com a profundidade de campo é assim: Com uma abertura f/3.2 dá conseguimos deixar bem nítidos os detalhes de uma flor bem próxima a lente e com uma abertura de f/7.1 por exemplo, temos nitidez de uma paisagem ao fundo.

Muita abertura

Pouca abertura


  Obturador e tempo de exposição

Obturador =  Dispositivo que abre e fecha como se fosse uma cortina, quanto mais tempo aberto mais luz ele deixa passar.
  Às vezes percebemos algumas aberrações ao usarmos o controle de abertura, a foto pode ficar demasiadamente clara ou escura então temos que compensar isso com o tempo de exposição, isto é, por qaunto tempo sua máquina vai ficar recebendo luz. Quanto maior a abertura, menos tempo de exposição será preciso e vice-versa. Esse tempo é definido por frações de segundo: 1/1250, 1/1000, 1/500, 1/250, 1/100, 1/80, 1/40 e por aí vai, até chegarmos às longas exposições em que o obturador fica captando luz por vários segundos, o que requer mão firme ou um tripé para a foto não sair tremida.


   Fotos de raios ou daqueles rastros de faróis e lanternas de carros numa estrada à noite são feitos usando longa exposição. É quando o obturador fica aberto recebendo luz durante vários segundos e toda luz que surgir a frente da sua lente será captada. Essa foto aí de cima foi feita usando uma exposição de 15 segundos, ou seja, apertei o botão de disparo e minha câmera ficou parada "batendo" a foto por 15 segundos e saiu isso aí.

   Na próxima postagem entro em algum detalhe que deixei escapar e também comento sobre ISO que é mais um controle manual mas esse é bem mais fácil de usar.

Fotografia não é bicho de 7 cabeças

   Olá pessoas, sou um apaixonado por fotografia e passei a ler muito a respeito do assunto antes de dar os meus primeiros cliques para poder conseguir os melhores resultados possíveis e sempre me deparo com a seguinte pergunta: Qual a melhor câmera?

    Impossível de responder assim, de cara. É sempre preciso alguma informação a mais, que tipo de foto a pessoa pretende fazer, onde ela vai ser mais usada e em quais situações...e eu sempre digo pra mim mesmo: A melhor câmera é aquela que te agrada e faz o que você espera dela. Então, cada um vai ter a sua melhor câmera mas é lógico que, como em qualquer segmento, vale a pena dar sempre uma lida e consultar pessoas mais experientes pra podermos escolher melhor até porque, em alguns casos, é uma escolha pra toda a vida e não podemos errar.

   Minha marca preferida é a Canon mas isso não é unanimidade até porque, outra coisa que vou ressaltar sempre é que toda marca tem seus prós e seus contras, não existe a perfeita, mas num conjunto de itens é a Canon que me agrada mais e com o tempo vou tentar mostrar o porquê.
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