9 de fevereiro de 2011

A Fotografia e sua história

   Dando prosseguimento à parceria com o curso de fotografia Grande Angular, hoje temos uma postagem especial enviada pela coordenadora do curso, Márcia Costa. O Foto Fácil se sente honrado pela oportunidade de ter um texto com tantas referências sobre o início da fotografia e alguns de seus mestres.

Grande Angular Curos de Fotografia
Básico - Estúdio - Photoshop - Iluminação
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   A fotografia surgiu do desejo do homem retratar o mundo a sua volta. Desde os primórdios, com a arte rupestre nas cavernas, a pintura e os movimentos artísticos, o homem vem registrando tudo o que vê.  Com a fotografia não foi diferente.
    A máquina fotográfica nada mais é do que o aperfeiçoamento da câmera escura, inventada por Aristóteles (que a usava para observar eclipses), e aperfeiçoada por Da Vinci em seus esboços de pintura. Esta câmera era então uma caixa fechada, apenas com um orifício em uma das extremidades, e que projetava a imagem invertida em sua parede oposta. Quando um objeto era colocado em frente a este orifício, a imagem era projetada de cabeça para baixo e servia de molde para o pintor. Assim funciona a câmera fotográfica.
 Primeira câmera fotográfica da Kodak

     Partindo desse ponto, muitos foram os que tentaram fixar esta imagem em alguma superfície, com dimensões menores que a caixa preta. Se Da Vinci criou a imagem que ficava dentro da caixa, precisando ser pintada depois, o desafio se tornou fixá-la diretamente.
     Um dos primeiros a conseguir este feito foi o francês Joseph Nicéphore Niépce, em 1826. Foi atribuída a ele a primeira fotografia feita no mundo, que retratou a vista da janela de seu ateliê, e levou oito horas para ser fixada em uma placa de estanho coberta de betume da Judéia. Paralelamente a ele, outros homens no mundo tentavam reproduzir as mesmas experiências, como outro francês, Louis Jacques Mandé Daguerre.
No Brasil, um francês radicado em Campinas, Hércules Florence, desenvolveu negativos e foi o primeiro a utilizar o termo “photographie”, em 1833. Porém, esta descoberta só veio a público em 1976, através do historiador Boris Kossoy, que apresentou as anotações e os experimentos  de Florence ao Instituto de Tecnologia de Rochester, nos Estados Unidos. Ficou assim comprovada a descoberta, realizada no Brasil, como pioneira. 
Eis o famoso Daguerreótipo
     Daguerre e Niépce começaram a trocar correspondências e informações sobre a fixação de imagens em placa de cobre sensibilizada com produtos químicos.
     Com a morte de Niépce, e com muitos outros fazendo pesquisa sobre este tipo de processamento, Daguerre expôs sua criação na Academia de Ciências e Belas Artes e vendeu ao governo Frances a invenção da fotografia em troca de uma pensão vitalícia, em 19 de agosto de 1839, na França.
     Dessa forma surgiu o Daguerreótipo, nome dado ao equipamento e ao estojo onde era colocada a placa com a imagem gravada, após ser retirada da câmera. Uma placa de cobre, sensibilizada com prata e fixada com vapor de mercúrio era colocada em uma caixa de madeira, que então levava apenas 20 minutos para fixar a imagem.
    A fotografia foi a sensação do momento. O problema é que a imagem era única, não havia a possibilidade de cópias. Para realizá-las, era necessário que a pessoa ficasse sentada em uma cadeira especial, imóvel, quantas vezes fosse o número de imagens desejadas, por um período de 20 minutos para cada foto. Mas este processo não durou muito - logo a possibilidade de cópias surgiu, pois as pesquisas não pararam.
 Primeira foto de Niépce

   Fox Talbot, na Inglaterra, inventa o Calótipo em 1841. Tratava-se de uma base de papel emulsionada com sais de prata que registrava uma matriz em negativo a partir da qual era possível fazer cópias positivas. Em 1851, Frederick Scott Archer demonstrou na Grã-Bretanha o Colódio Úmido, negativo de vidro processo 20 vezes mais rápido que os anteriores, em que os negativos apresentavam uma riqueza de detalhes semelhantes à do daguerreótipo, com a vantagem de permitir a produção de várias cópias. Passou-se então da cópia única na chapa de metal ao negativo de vidro, tornando possível a reprodutibilidade e infinidade de cópias.
      Mas a fotografia despontou mesmo no mundo com a Kodak. Em 1888, a empresa lançou uma câmera portátil, de película (o nosso velho e bom filme de negativo), capaz de produzir 100 imagens, com o slogan: “Aperte o botão que nós fazemos o resto!”.
Bastava comprar a câmera, com filme para 100 imagens nas lojas de George Eastman. Depois dos cliques, era só levar a máquina de volta à loja, para pegar suas fotos e mais uma câmera com um rolo de filme com outras 100 fotos prontas para clicar. Foi o “boom” da fotografia no mundo.
 Estojo com foto feita pelo Daguerreótipo

     De lá pra cá, quanta evolução! Hoje não utilizamos mais Daguerreótipo, filmes e negativos, mas um chip. Nossas câmeras, por meio de pulsos elétricos, formam a imagem e a armazenam, e dependendo da capacidade do cartão de memória, fazem mais de mil imagens. Estas fotografias ainda podem rodar o mundo em minutos através da Internet.
A revolução digital veio aumentar, e muito, a popularidade da fotografia e fez crescer, também, o número de fotos produzidas individualmente, já que o filme ficava limitado ao número de chapas por rolo. Antes, aumentar o número de fotos acarretaria em custos mais altos com filmes e revelação, e este problema resolvido com a tecnologia.
     A fotografia evoluiu e muito, desde sua invenção. Não duvide que novas coisas possam surgir ainda. A cada dia aparece uma nova câmera no mercado. A fotografia digital ainda não atingiu a perfeição da imagem como a película, apesar de ser muito boa. Mas isso não deve demorar muito.
O mais interessante disso tudo é que a fotografia atualmente tornou-se popular, hoje todo mundo tem uma câmera, mesmo que no celular. Repare bem: onde quer que você esteja, há alguém fazendo um registro fotográfico do momento. É como diz o ditado: Uma imagem vale mais que mil palavras!

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