6 de agosto de 2014

Pentax QS-1 e o museu de grandes novidades

   O título um tanto debochado faz referência ao design retrô e também a quase nenhuma novidade nesta Pentax QS-1 que é praticamente um remake da Pentax Q7 que o leitor do Foto Fácil já conhece, eu acho incrível que uma fabricante respeitada no mundo todo anuncie o lançamento de uma câmera que já existia há mais de um ano fabricada por ela própria. Houve até alguma mudança estética e umas poucas mudanças estruturais que o público-alvo desta câmera sequer nota mas acho que um lançamento precisa de algo mais.
Pouca coisa mudou em relação à sua antecessora
   A Pentax QS-1 é equipada com sensor CMOS com 12.4MP de resolução (1/1.7 de polegada com 12.76MP de resolução total); possui estabilização no sensor; produz fotos nas proporções 3:2, 4:3, 16:9 e 1:1 além de arquivos RAW; sensibilidade ISO 100-12800; o tempo de exposição varia entre 1/8000 e 30 segundos incluindo modo bulb; modo contínuo de até 5fps limitado a 5 imagens ou 1.5fps limitado a 100 imagens; o alcance do flash é de até 7 metros em ISO 200 e possui sapata para flash externo; faz vídeos Full HD com taxa de 30fps em formato MOV e som mono; seu monitor LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria com capacidade para cerca de 260 fotos.
Painel traseiro igual ao da maioria das câmeras compactas
   Continua valendo, assim como no modelo anterior, a possibilidade de usar as objetivas do sistema K nesta câmera. Com o fator de corte de 5.6x que a Pentax QS-1 possui é possível usar, por exemplo, uma smc PENTAX DA 55-300mm F4-5.8 ED sendo equivalente a absurdos 308-1680mm. Mas imaginem esta lente grande e pesada em um corpo tão diminuto? Mas a Pentax também possui várias objetivas pancake inclusive a levíssima e ultra-compacta 40mm f/2.8. A personalização de cores (muito comum na Pentax) não foi esquecida, são 40 opções disponíveis e o preço do kit com uma objetiva 5-15mm f/2.8-4.5 equivalente a 28-84mm teve seu preço inicial estipulado em espantosos 500 dólares.
Aí estão as 40 opções de personalização da Pentax QS-1
   Opinião do blogueiro: Vocês podem estar se perguntando se vale a pena investir tanto em um sistema com sensor tão pequeno, mas vale ressaltar que a cultura japonesa dá muito valor à miniaturização das coisas e não é à toa que já é a quarta câmera lançada neste sistema. E como a Pentax possui uma mentalidade um tanto limitada ao mercado asiático, é pensando neste público que o sistema Q continua de pé. Então, se você tem dinheiro sobrando e compra a ideia da miniaturização das coisas, esta câmera é para você. Só para você e só comprando no exterior, isso nunca vai chegar ao Brasil.

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6 comentários:

  1. As DSLR da Pentax são "dahora", mas suas compactas são meio esquisitas... E ela ainda oferece mais opções de cores que o Fiat Uno! Incrível!

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    1. Hahaha não tinha pensado nisso mas é verdade, tem mais cores que o Uno!

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  2. Olá Rodrigo, parabéns pelo blog! Vejo uma inércia e um conservadorismo muito grandes no mercado de fotografia. Em um mundo tecnologicamente tão avançado acho anacrônico que ainda se dê valor a DSLRs grandes e pesadas. Porque isso? Apenas para fazer charme com um equipamento pesado? Ok, você dirá que DSLRs grandes precisam ser assim porque lentes maiores e sensores tem que ser grandes mesmo, etc. Concordo em parte. Veja o caso da Canon EOS-M; simplesmente foi ignorada pelo mercado americano, sendo que a meu ver trouxe à luz um recurso excepcional, que é desistir do paradigma viewfinder e botões e apostar no lcd touch, na melhor linha do menos é mais. Esta filosofia, aliás, permeia o mundo oriental desde sempre. Aqui, como nos EUA, ainda se quer mostrar "poder" ou profissionalismo usando pesadas máquinas, quando o moderno Japão o faz sem alarde e sem ostentação com equipamentos menores e enxutos, mas com qualidade.

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    1. Na verdade, a cultura da câmera grande é ainda maior aqui no Brasil, a mentalidade do pessoal daqui está muito fechada e tenho uma postagem engavetada que engloba este assunto. Como você tocou neste ponto me dá vontade até de terminar logo a matéria e postar em breve.

      Eu juro que não sabia que nos EUA também andava assim, mas acredito ser menos do que no Brasil pois aí as câmeras mirrorless já tem um mercado, pode ser pequeno mas já tem. Aqui no Brasil eu me arrisco a dizer que tem fotógrafo profissional que não sabe o que é câmera mirrorless e eu, particularmente, acho isso um absurdo.

      Fico muito feliz em saber que tenho um leitor com mente aberta como você, espero que goste do conteúdo do blog e comente mais vezes, mesmo que discorde de algo.

      Abraços e retorne sempre que precisar.

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  3. Não moro nos EUA, mas no Brasil mesmo (você leu rápido), mas compro direto lá, através de um amigo. Antes eu tinha comprado uma DSLR depois de várias powershots. Me senti transportado de volta ao anos 80. Imediatamente vendi a DSLR para ficar com a EOS-M (1) que nos EUA está sendo liquidada por preços muito baixos. Sim o mercado americano ainda considera DSLRs como mais "profissionais" como aqui, talvez por causa da base de lentes já existente no mercado, mas há muita gente (nos EUA) que prefere as mirrorless, e querem algo mais próximo das DSLRs só que com viewfinder, dials, etc. Acredito firmemente que o paradigma estrutural das câmeras ainda segue muito o design antigo e ele deveria ser revisto, como aconteceu com o celular e a chegada do Iphone. No limite, imagino a câmera do futuro como um óculos tipo Google Glass, onde você ajustaria os parâmetros e clicaria com o piscar dos olhos. Bem, talvez ainda leve muito tempo para ter um conjunto óptico satisfatório e tão miniaturizado. Aguardando seu artigo, que deve estar muito bom.

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    1. Na verdade meu artigo é mais focado no irritante domínio de Canon e Nikon que impede que câmeras de outras marcas e igualmente boas (ou até melhores, em muitos casos) cheguem ao conhecimento das pessoas aqui. Eu quero mudar de sistema mas fico impedido pois não tenho como comprar no exterior, fico preso ao mercado nacional. E isso termina englobando a cultura da câmera grande que afeta mais de 90% dos fotógrafos brasileiros.

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