Chegamos ao ano de 2011 na nossa jornada pela evolução das câmeras digitais ano a ano, e este ano foi particularmente interessante pois começava uma nova metamorfose nas câmeras digitais. Eu diria que nos primeiros anos de fotografia digital procurava-se por uma padronização em câmeras compactas, reflex, compactas premium e, posteriormente, as mirrorless. Tal padrão foi alcançado em meados da decada passada e então a fotografia passou por um marasmo, com poucas novidades. O ano de 2011 pode ser marcado como o contrário, o ano em que se começou a buscar uma "despadronização", desconstruir tudo que foi criado até então em busca de alternativas interessantes para os novos fotógrafos, pois a fotografia digital chegava com força aos smartphones e era de se esperar uma reação dos fabricantes de câmeras. Vamos ver o que eles aprontaram neste atípico ano de 2011.
A ideia do mini espelho pareceu uma tentativa desesperada de inovar, mas nunca deu certo |
Logo no início do ano começamos com esta bizarrice que foi um dos últimos sopros de vida da Kodak antes de seu quase-fim e compra da marca por uma empresa asiática. A Kodak EasyShare Mini (M200) vinha com um minúsculo espelho redondo e levemente convexo (como os retrovisores de automóveis) que, reza a lenda, tinha como utilidade ajudar nos autorretratos. Era uma câmera com resolução de 10MP em um sensor minúsculo de 1/3 de polegada e 3x de zoom entre 29-87mm. Não deu muito certo.
Funciona muito mais como uma filmadora de bolso do que como câmera fotográfica |
Um dia depois foi a vez de a Casio inovar com uma câmera que serve mais como filmadora do que como câmera fotográfica, a Exilim TRYX, uma câmera bastante fina e com um visor totalmente móvel tornando possíveis os maiores malabarismos em busca da posição ideal para filmar (e até fotografar!) algo. Com 12MP em um sensor padrão de 1;2.3 de polegada e distância focal fixa em 21mm (isso mesmo, não havia zoom óptico), não se pode dizer que foi o mesmo fracasso da Kodak Mini, pois teve até uma continuação.
Uma excepcional câmera, que mostrou um pouco do que a Olympus poderia fazer nas suas compactas |
Novamente um dia depois, enfim algo de encher os olhos: a primeira compacta premium com controles manuais da Olympus desde o modelo SP320 no ano de 2006, e nunca antes uma compacta havia trazido consigo a sua elogiada óptica Zuiko, nas compactas rebatizada de I. Zuiko. A Olympus XZ1 foi um sonho de consumo meu durante algum tempo, mas a falta de grana me fez colocar os pés no chão. Essa belezura tinha sensor de 1/1.63 de polegada com resolução de 10MP e zoom de 4x entre 28-112mm em uma lente com agressiva abertura f/1.8-2.5, e tinha até um anel de controle ao redor da lente, que estava voltando à moda. Provavelmente era o mesmo sensor das compactas premium da Panasonic, parceira de longa data no sistema 4/3.
Vejam o tamanho da câmera e da lente!!! |
Eu disse que o ano era atípico, e eis que em setembro surge a Pentax Q. Essa nova bizarrive tecnológica (que agrada e muito ao público do Japão) consiste em uma câmera com sensor padrão de compacta (1/2.3 de polegada) com resolução de 12MP e lentes intercambiáveis. As lentes para um sensor como este eram tão pequenas que eram chamadas de Toy Lens, tipo Toy Story sabe? Parecem de brinquedo!!! E ainda foi criado um adaptador para usar as objetivas das reflex Pentax nesta câmera que possui fator de corte de 5.2x. Agora conseguem imaginarr uma objetiva 50mm com distância focal equivalente a 260mm?
Design retrô simples, bonito e eficiente |
A Fuji dava continuidade ao ambicioso projeto da série X (iniciado com a Fuji X100). A Fuji X10 foi a primeira câmera a utilizar a mesma tecnologia empregada na X100, agora em um sensor medindo 2/3 de polegada que passaria a se tornar o padrão da Fuji para suas compactas premium. É bem verdade que houve um erro de projeto neste sensor, o famoso mal dos círculos brancos, mas isso em nada manchou a reputação da fabricante pois quem entendia do assunto sabia que havia potencial para câmeras espetaculares e assim terminaria acontecendo. Com 12MP e objetiva 28-112mm f/2.0-2.8, era apenas o início de uma série de sucesso absoluto.
Muitos controles além de um muito bem-vindo anel de zoom |
Neste mesmo ano a Fuji deu outro grande passo com a série X, agora uma superzoom com este mesmo sensor de 2/3 de polegada: a Fuji X-S1. Com o problema dos círculos brancos minimizado, talvez a objetiva mais escura tenha ajudado nisso, é uma câmera que até hoje não teve sua sucessora mas continua sendo bastante procurada. Sua objetiva com 26x de zoom cobre distância focal entre 24-624mm.
Nikon V1 e suas lentes na mesma cor dos corpos |
A novidade da Nikon foi a adesão às mirrorless, mas com uma proposta totalmente diferente: as Nikon V1 e J1 foram anunciadas com sensores de 10MP medindo apenas 1 polegada, bem menor do que todas as concorrentes e um fator de corte de 2.7x. O problema é que as câmeras não ficaram tão pequenas quanto deveriam ser (por conta do sensor muito menor) e nem os preços ficaram mais baixos (como um sensor menor deveria sugerir). É um sistema que está até hoje buscando sua afirmação, mas seriam lançados muitos outros modelos nos próximos anos.
Nikon V1 foi a câmera principal para o início das mirrorless Nikon |
Mas, sem dúvida, o que mexeu com a fotografia digital neste ano foi a Lytro Light Field. Uma câmera que se parece mais com uma lanterna e prometia (e cumpria!) que se fizesse o foco após a foto já estar pronta, era a chamada "câmera de campo luminoso". Ela conseguia focar todos os planos possíveis e possibilitava que o usuário na hora da edição escolhesse onde ficaria o foco, no fundo, na frente, no meio, tudo com um simples toque na área desejada. Na época eu a chamei de câmera de preguiçoso mas a ideia foi se aperfeiçoando e outros modleos modelos melhores surgiram a seguir. Sua lente com distância focal entre 35-280mm possuía abertura f/2.0 constante e nunca foi uma câmera muito barata.
A princípio a Lytro parece um tanto estranha, mas a ideia é genial |
Em cada parágrafo há um link para a matéria correspondente às câmeras no Foto Fácil. Aguardem a matéria sobre o ano de 2012, teve muita coisa nova e legal também.
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Eh.... a cada ano q se passa uma novidade!
ResponderExcluirFiquei curiosa para saber qual o seu sonho de consumo!!rsrr
Eu acho a qualidade uma SLR imbativel...mas as compactas estao ai para o pareo!!
Não fique curiosa rsrs, atualmente meu sonho de consumo fora da realidade é uma Panasonic GX7 (dentro da realidade poderia ser uma Fuji XQ1) mas é como você mesma diz: a cada ano que se passa tem mais novidades. Ainda nesse ano é bem capaz que esse meu sonho de consumo mude...
ExcluirKKK...pior q e!
ResponderExcluirO sonho muda conforme passa o ano!
Sabe q eu estou dando prerencia a cameras compactas,por serem mais facil de transportar e chamar menos atencao!
Pois é, nunca vou abrir mão de usar compactas, elas sempre terão sua utilidade.
ExcluirAh..me esqueci de te perguntar uma coisa..
ResponderExcluirSobtre a fuji X20 e XQ1..a qualidade de imagem chega a ser igual nas duas...pq pelo q vi, so muda o nivel do ISO na X20... estou QUASE comprando a XQ1...pelo q me parece parece melhor opcao q a X20...
o q vc acha..
O sensor é o mesmo então a qualidade de imagem teoricamente é igual nas duas. O custo-benefício da XQ1 sem dúvida é melhor pois a X20 é cara demais, mas não é cara à toa pois é uma câmera bem mais resistente e a forma de operar é muito mais simples pois é cheia de botões e não precisa ficar acessando menu, além de possui também uma lente um pouco melhor.
ExcluirAs duas tem seus prós e seus contras, no final das contas terminam sendo bastante diferentes uma da outra mas o sensor é o mesmo e é exatamente o que determina sua qualidade de imagem.
Era o que eu imaginava tbm....mais botoes,na X20 e alem de ser maior ...
ResponderExcluiracho que vou abriri mao da X20 e partir pra XQ1...rs
foi bom tirar essa duvida com vc!
obirgada novamente!
abcs!
Alessandra