O ano de 2013 foi decisivo para algumas mudanças no mundo fotografia, mudanças tão significativas que me fizeram escrever a primeira parte deste artigo para a revista Distribuidores & Mercado Brasil, e que algum tempo depois foi republicado aqui. Basicamente, o que eu quis dizer ali é que um número cada vez maior de pessoas vem trocando suas câmeras compactas por smartphones ou, no máximo, por uma compacta dotada de conexão wi-fi. As pessoas querem, cada vez mais, não apenas fotografar mas compartilhar suas imagens com a grande rede por meio das redes sociais hoje tão presentes em nossas vidas. Há uma enorme necessidade de manter-se conectado a todo momento e mostrar aos amigos cenas cotidianas da nossa vida em forma de imagens.
Nikon S800c foi a tentativa da Nikon de criar uma câmera compacta com sistema Android |
Obviamente o mercado reagiu a isso: a Olympus decidiu que não mais faria câmeras compactas de bolso, apenas suas câmeras à prova d'água (muito boas, por sinal) e suas superzoom sobreviveram a esta nova política da empresa; a Samsung incluiu wi-fi embutido em praticamente todas as suas compactas (apenas as bem baratinhas ficaram de fora); a Fuji diminuiu drasticamente a quantidade de câmeras superzoom (de grande e pequeno porte) produzidas por ano, até porque esse número era absurdamente alto; e todas as outras fabricantes diminuíram o número de câmeras compactas lançadas por ano. Observando o banco de dados do DPReview, que leva em consideração apenas os lançamentos mais relevantes de cada fabricante, percebemos uma acentuada queda no número de compactas produzidas.
Nokia PureView 808 foi o primeiro smartphone a tentar algo revolucionário em relação a fotografia |
Esta queda se deve ao fato de que cada vez menos se compra câmeras compactas e este fenômeno é percebido no mundo todo. O mundo asiático recebeu de braços abertos a onda de câmeras mirrorless; na Europa e Américas a coisa ainda engatinha, mas abraçaram com força os smartphones; por aqui é cada vez maior o número de usuários iniciantes que começam a usar câmeras DSLR sem sequer passar pelas compactas (inclusive adolescentes). E onde ficam as compactas nisso tudo? Foram (e ainda estão sendo) criados nichos e mais nichos do que chamamos de compactas premium. Cada vez mais surgem sensores de tamanhos diferentes, lentes claras, filtros sendo retirados, e os fabricantes lançam mão de todo tipo de inovação nestas câmeras. Parece que as compactas mais simples, aquelas de bolso, estão morrendo.
Samsung Galaxy NX foi a primeira câmera de lentes intercambiáveis dotada de sistema Android |
Vejamos o número de postagens que este blog produziu no mês de janeiro ao longo dos anos, mês em que tradicionalmente ocorre o maior número de postagens: Foram 12 em 2010, seu ano de estreia; 16 em 2011; 13 em 2012; 16 em 2013; e apenas 10 em 2014. Sintomático, não? Já que o blogueiro tenta não deixar passar nenhum lançamento em branco. E quantas matérias envolvendo smartphones já foram escritas aqui? Do ano de 2010 até 2013 haviam sido escritas 6 matérias, só nos 3 primeiros meses de 2014 já é a quarta que escrevo. Mais sintomático ainda. Esse é o futuro da fotografia digital amadora? Quem vai tomar o lugar das câmeras compactas? Os smartphones, as mirrorless, as reflex ou as compactas premium?
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Que matéria bacana, não me lembro de ter visto antes.
ResponderExcluirops, o comentário acima era pra primeira parte da matéria, hehe. Acho que não foi publicado... Tinha copiado pra recolocar, já que a gente sempre coloca da primeira vez e não opublica... precisa da segunda vez. Aí vim pra cá, pensei que tivesse feito a mesma coisa. Mas pelo visto não fiz... e pior é que a primeira parte acabou ficando sem comentário. enfim...
ResponderExcluirAnálise muito interessante. Muito bom!!
Tá lá o comentário na primeir parte. Até respondi ;)
ExcluirExcelente postagem, Rodrigo!
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